São permitidas músicas protestantes dentro da Santa Missa?
A música executada na celebração da Santa Missa, como tudo
que envolve esta celebração –centro da vida do cristão católico – não é
qualquer música, portanto, não pode ser escolhida aleatoriamente. A Igreja, ao
longos dos seus dois mil anos de História, sempre teve especial atenção aos
cânticos e músicas executadas nas mais diversas celebrações, especialmente na
Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica dedica os números 1156, 1157 e 1158
a explicar a importância do canto e da música para a liturgia:
”A tradição musical da Igreja universal constitui um tesouro
de valor inestimávelque se destaca entre as demais expressões de arte,
principalmente porque o canto sacro, ligado às palavras, é parte necessária ou
integrante da liturgia solene. (…) O canto e a música desempenham sua função de
sinais de maneira tanto mais significativa por estarem intimamente ligadas à
ação litúrgica, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da
oração, a participação unânime da assembleia nos movimentos previstos e o
caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das
ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis. (…) Todavia, os
textos destinados ao canto sacro hão de ser conformes à doutrina católica,
sendo até tirados de preferência das Sagradas Escrituras e das fontes
litúrgicas.”
Ora, o texto do CIC é bastante claro no sentido de que a
Igreja possui a música como patrimônio e este não deve ser jogado fora. Não é
possível deixar de lado esse tesouro em detrimento de músicas que estão “na
moda”. É preciso perceber que o canto e a música colaboram para que o fiel
mergulhe no mistério da celebração e aproxime-se do centro que é Deus. O Papa
Bento XVI, em sua exortação apostólica Sacramentum Caritatis é ainda mais
objetivo quando diz:
“Na sua história bimilenária, a Igreja criou, e continua a
criar, música e cânticos que constituem um patrimônio de fé e amor que não se
deve perder. Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um
cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou
a introdução de gêneros musicais que não respeitem o sentido da
liturgia.Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria
da celebração; consequentemente, tudo — no texto, na melodia, na execução —
deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e
aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim, embora tendo em conta as distintas
orientações e as diferentes e amplamente louváveis tradições, desejo — como foi
pedido pelos padres sinodais — que se valorize adequadamente o canto
gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.”
Assim, percebe-se que a música e o canto não podem ser
escolhidos sem critérios, deve-se respeitar o sentido da liturgia, que é adorar
a Deus, fazendo memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus
Cristo. É preciso sair do antropocentrismo e devolver a Deus, seu lugar no
centro da celebração.
De forma prática, necessário se faz considerar ainda que nem
todo católico possui formação adequada para perceber eventuais erros teológicos
ou mesmo heresias que possam estar inseridas em músicas protestantes. É um mal
que pode e deve ser evitado. Seguro, então, é caminhar pela vereda apontada
pelo Doce Cristo na Terra, o Papa Bento XVI: preservar o patrimônio de fé e de
amor que é a música e o canto sacros, utilizando-os e focando na formação dos
músicos, “valorizando adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da
liturgia romana”.
Fonte: http://padrepauloricardo.org/episodios/sao-permitidas-musicas-protestantes-dentro-da-santa-missa
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Salve Maria! Também estou na luta para divulgação do Reino de Maria, para o fim de abusos na liturgia e para plena fidelidade ao Santo Padre!
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